Você confia em quem você não conhece? Claro que sim. Mas confia até a sua vida? E novamente, sim, com certeza.
Nós confiamos em muitas pessoas: no motorista da condução que utilizamos, no cozinheiro que prepara o alimento que comemos, nas pessoas que montaram nosso veículo, nos motoristas que estão passando ao nosso lado e até no sentido contrário, nos profissionais que prepararam e que executaram a obra do viaduto, da ponte, e do prédio onde subimos, no médico que fará a cirurgia, no químico que preparou a fórmula do medicamento, e tantos outros casos. Em todos esses e em muitos outros ainda nossa vida está em risco, mas estamos confiando nas pessoas e, porque elas foram pelo menos minimamente competentes, ainda estamos vivos.
Também confiamos nas pessoas para aquilo que se elas propõem. Por exemplo, se não confiássemos mesmo em um político eleito não o deixaríamos no cargo, ou seja, mesmo que não votamos na pessoa que assumiu um cargo político a deixamos lá sabendo que não fará tudo o que gostaríamos, mas que minimamente atenderá a sua função. Ainda assim confiamos nosso país e futuro de nossa família nela.
Mas se acharmos que o motorista não está em condições não utilizamos aquela condução, que o veículo não tem as condições de segurança mínimas então não saímos com ele, que o prédio está com risco de desabamento, não subimos nele, que o médico não entendeu nosso problema, não compramos a medicação prescrita. E assim por diante.
É isso que me faz pensar que quando alguém diz que confia em Deus não me traz nenhuma surpresa ou comoção. A grande maioria das pessoas confia em Deus para ser um “velhinho” mágico em alguma outra dimensão que tem poderes para ficar em um balcão de pronto atendimento realizando os desejos das pessoas como se fosse o “gênio da lâmpada” de Aladim. Mas não confiam nele para a função de Deus, não colocam a sua vida em risco acreditando nele como fazem todos os dias nos profissionais citados anteriormente, não o ouvem como alguém que realmente pode dizer o que é certo para suas vidas. Não confiam em seu amor e em seu plano eterno, a ponto de confiarem em sua Palavra, e por isso mesmo, não dão a devida importância para ela.
Ouvir de alguém: confio em Deus, não é nenhuma indicação de espiritualidade, ou religiosidade; mas confiar mesmo em Deus também não é. Confiar mesmo é desfrutar do seu amor, viver os seus planos maravilhosos e intimamente relacionar-se com a pessoa amada do Criador conhecendo-o o suficiente para acreditar em tudo o que Ele diz na sua Palavra sobre o fato de ser seu Senhor, seu Amado, seu Deus.
Você pode dizer e fazer das suas atitudes e decisões um testemunho de que realmente confia em Deus?
Mas eu confiei em ti, Senhor;
e disse: Tu és o meu Deus.
Salmos 31:14
Pr. Wagner Köhler