CINCO MUDANÇAS INDISPENSÁVEIS PARA SEU MINISTÉRIO PASTORAL

Este artigo está dividido em duas partes.

Esta é a segunda parte.

3. Do usar pessoas para promover o crescimento de pessoas

Voluntários são aqueles que mantêm e expandem os programas da igreja. Pela graça de Deus, os voluntários são a força vital de nossas igrejas: eles gastam suas noites e fins de semanas em reuniões dominicais, trabalhos com crianças, grupo de jovens, estudos bíblicos, comissões, cuidado do patrimônio da igreja e assim por diante. O perigo de ter esses voluntários dispostos é que os usamos, os exploramos e esquecemos de treiná-los. Então, eles se esgotam, seu ministério é encurtado, e descobrimos que falhamos em desenvolver sua vida cristã e seu possível ministério. Em vez de usarmos nossos voluntários, deveríamos considerar como podemos incentivá-los e ajudá-los a crescer no conhecimento e no amor a Cristo, porque serviços resultam do crescimento cristão, e não o contrário.

Por exemplo, um casal habilidoso e comprometido que conheço serviu fielmente como líder de estudo bíblico por seis anos consecutivos, enquanto também conciliavam compromissos de estudo e trabalho. No sétimo ano, contando com o encorajamento de seu pastor, eles tiveram um ano de descanso – uma interrupção de liderarem estudos bíblicos para propiciarem refrigérios a si mesmos; e apenas participarem de um grupo e recarregarem as baterias. Depois de seu ano de descanso, eles mergulharam de novo em liderança.

Precisamos cuidar de pessoas e ajudá-las a florescer e crescer no ministério, e não esgotá-las no interesse de manter nossos programas em continuidade.

4. Do preencher lacunas para treinar novos obreiros

Uma das pressões imediatas sobre os pastores é preencher lacunas deixadas por líderes que renunciam a nossos programas. Mas, se nos focalizarmos apenas em preencher lacunas, nunca sairemos do modo de manutenção: estamos apenas mantendo sem propósito ministérios existentes, em vez de nos expandirmos em novos ministérios.

Deveríamos começar com as pessoas que Deus nos deu, não com nossos programas. Precisamos considerar cada pessoa como um dom de Cristo à nossa igreja e equipá-las para o ministério. Portanto, em vez de pensarmos: “Podemos preencher esta lacuna com nosso pessoal?”, talvez a pergunta que precisamos considerar é: “Que ministério este membro poderia exercer?”

De nossa experiência, poderíamos citar muitos exemplos de pessoas que tiveram e não tiveram esta experiência. Por exemplo, considere Sarah, uma atleta de elite convertida por meio de ministério relacionado a atletas. Sarah foi bem acompanhada e firmada em sua fé, e sua igreja proporcionava um ambiente forte e edificante. Além disso, ela tinha uma paixão por Cristo e pela evangelização e uma grande rede de amigos não cristãos, colegas de equipe e conhecidos com os quais poderia compartilhar o evangelho. No entanto, em vez de treinar e encorajar Sarah a buscar este ministério de evangelização, a igreja insistiu fortemente em que ela se tornasse membro da comissão de administração da igreja, porque havia uma lacuna e uma necessidade, e Sarah se mostrava entusiasta e disposta a ajudar. A igreja estava preenchendo lacunas e não construindo um ministério ao redor dos dons e oportunidades das pessoas membros. Em vez de preencher uma vaga numa comissão, um de nossos membros poderia começar um ministério direcionado à sua comunidade étnica ou um grupo de estudo bíblico em seu local de trabalho. Além disso, focalizar-nos em pessoas nos ajudará a descobrir e treinar possíveis candidatos ao ministério integral da Palavra.

5. Do resolver problemas para o ajudar pessoas a progredirem

Um sentimento comum entre os cristãos é o de que só recebem visitas ou outros oram em seu favor quando estão doentes ou desempregados. É claro que nossas igrejas sempre incluirão pessoas que enfrentam problemas. O povo de Deus tem muitas necessidades, assim como o resto da população. E, como ministros de Cristo, precisamos amar e receber bem a todos, independentemente de suas necessidades e situações individuais, e não ignorar seus problemas com palavras mesquinhas (Tg 2.14-17).

No entanto, não queremos criar o tipo de ambiente de ministério em que a única maneira pela qual as pessoas podem relacionar-se umas com as outras é por discutirem seus problemas. Se o ministério em nossas igrejas estiver baseado em reagir aos problemas que ocorrem às pessoas, muitas não receberão nenhuma atenção, porque são mais reservadas em compartilhar seus problemas. O alvo é levar as pessoas em direção a um viver santo e ao conhecimento de Deus, quer estejam enfrentando problemas, quer não. Esta é a razão por que proclamamos a Cristo, “advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (Cl 1.28).

Portanto, pergunte a si mesmo se o seu ministério é reativo ou proativo. Se na maior parte do tempo você estiver lidando com os problemas das pessoas, não terá energia para implementar treinamento proativo e nova obra de crescimento. Se em seu ministério você adota uma abordagem de solução de problemas, as pessoas que têm necessidades mais críticas dominarão seus programas, e essas necessidades hão de fatigá-lo e exauri-lo, reduzindo a eficácia de seus outros ministérios.

Colin Marshall

Trecho do livro "A Treliça e a Videira" de Colin Marshall e Tony Payne, Editora Fiel.

Copiado de ministeriofiel.com.br

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