Neste ano, o Mês do Jovens tem o tema “Identidade”. Para refletir mais profundamente sobre esse tema, daremos início hoje (e seguimos nos próximos dois domingos) a uma série de 3 reflexões sobre a identidade do cristão à luz da bíblia, com base em três obras do cinema. Vamos começar com o filme “As crônicas de Nárnia – O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa”.
O filme é inspirado no livro de C. S. Lewis (professor, escritor, romancista, poeta, crítico literário, ensaísta e apologista cristão irlandês). A obra conta a história de Pedro, Susana, Edmundo e Lucy, quatro irmãos ingleses, que, durante a Segunda Guerra Mundial, fogem para uma cidade do interior. Lá, Lucy encontra em um armário, uma passagem para o reino mágico de Nárnia. Nesse mundo vivem faunos, anões e outras criaturas assombradas pelo medo que sentem da Feiticeira Branca.
A Feiticeira – uma impostora que se diz rainha de Nárnia – é inimiga de Aslam, o leão, o verdadeiro Rei daquela terra. Acontece que, ao contrário de seus irmãos (que embarcaram em uma longa jornada à procura de Aslam para libertar Nárnia de seu sofrimento), Edmundo prefere ficar ao lado da Feiticeira. O garoto faz essa escolha baseado em seus interesses pessoais: deseja doces, conforto, o tratamento de um príncipe. De uma vez só, Edmundo traiu não apenas seus irmãos, como todo o povo de Nárnia e o próprio Aslam a se unir à sua inimiga mortal.
Curiosamente, não estamos em posição de julgá-lo por sua infeliz decisão. Assim como Edmundo, a Palavra de Deus mostra que cada um de nós traiu igualmente a Deus quando demos lugar ao pecado. Tentados pelos nossos próprios desejos egoístas, muitas vezes continuamos escolhendo a Feiticeira e dando as costas para aqueles que amamos e para Deus!
A boa notícia é que, assim como para Edmundo havia uma salvação, para nós também há! No filme, Edmundo é resgatado das mãos da feiticeira, pois, após falsas promessas de riqueza, ela o engana e faz dele um escravo. O menino é levado à presença de Aslam e uma revelação é feita: traidores como Edmundo precisam pagar com a vida.
Então, Aslam toma uma decisão impensável: ele está disposto a sacrificar sua própria vida inocente pela vida de um traidor. É exatamente a mesma coisa que Cristo fez por nós. Jesus se entregou para pagar o preço por nossos pecados e, assim como Edmundo já não era mais um egoísta ou um mentiroso, também já não somos mais pecadores. De culpados a justos. De traidores a filhos.
As palavras de Aslam - “O que está feito, está feito. Não há necessidade de falar do que aconteceu“ - se unem às de Paulo em 2 Coríntios 5:17 - “Assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”
Deixe os erros para trás e viva hoje a nova identidade que te é oferecida!
Júlia de Oliveira
É membro da Ibesp e da liderança dos jovens. É autora do livro Como Folhas Secas da editora Talentos da Juventude Brasileira e atualmente está no 4º semestre do curso de jornalismo na faculdade Cásper Líbero